sábado, 5 de abril de 2008

de você quase nada

e eu que hoje acordei ao avesso
não sabia o que fazer com os meus pés gelados
chove e está cinza em todos os lugares
pinte de qualquer cor essa parede que nos divide

eu queria ser mais
eu queria ter mais
de você

mas de você, apenas o pensamento me restou
e quase nada ficou

e eu sempre quis mais
de nós

4 comentários:

Wagner Oliveira disse...

E esse mais parece se inverte, que muda o sentido, cada vez que sai pelas nossas bocas.

Carai, desculpa. Fazia decadas que eu nao passava aqui. Quero minha vida de volta.

Raisa. disse...

O nós também acaba e é uma tristeza tão grande. O nós é pesado, mas quando ele existe há uma divisão, a intersecção de vidas.

Eu sempre quero um pouco mais, outra dose amarga de sofrimento ou até uma voz inventada para deixar um sorriso roxo. Triste.

=*

Anônimo disse...

A gente sempre quer um pouco mais de nós mesmos.

Padmei disse...

acho que te entendo muito bem. apesar de ser horrível dizer isso, porque ninguém nunca entende de fato o que se passa. mas quando leio, parece que é o que estou pensando ou sentindo e tentando pensar.