terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Deadline

Queria não usar a intolerância-ignorante, mas isso às vezes me parece um escudo contra o externo de tudo.
Existem corpos despidos, sexo sem pudor e para completar esse trio, nenhum pingo de Amor. Apenas o prazer da carne com a ausência de sentimentos.
Interessante seria ver o Amor como um organismo-pulsante-de-vida-própria, dentro de nós, sem nenhum comando. Pelo contrário, nos comandando como um rebanho sem saber qual será o próximo passo.
Eu, numa ação fálica deixei esse “ser” comandar muitas coisas em minha vida.
Sinto frio. O Sol não me aquece. Tenho certeza de que você iria fazer isso muito bem e ponto.
Repudio-me por não me controlar, por não te controlar. Comprarei algemas para te prender em mim.
Quero largar a minha platonice barata misturada com falta de coragem em cima da mesa, junto com seu copo de café frio. Por favor, jogue tudo na pia e abra a torneira. Lave tudo. Deixe tudo limpo. Me dê um banho quente como naquele dia. Conte os dias da semana e esqueça o Domingo. Deite num sofá velho e se afunde. Ligue sua televisão e assista algo que te leve ao tédio. Jamais pense em mim neste momento. Apenas saiba que neste mesmo momento, estarei naquele Domingo por você esquecido.
Andarei na multidão olhando todos os rostos procurando você. Preciso de quase 700 horas para que meu Dezembro de cor vermelho-natalino termine. Não corte meu raciocínio ilusório de ano-novo-vida-nova. Anseio pelo Fim, com todas as letras, surgindo um branco-ano-novo após uma espumante taça de champagne. Fogos de artifício. Banquete à mesa. Belo final sem interrupções.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Aqui

Madrugada. Chuva. Tela e luz. Pingos caem lá fora, enquanto eu me levanto aqui dentro. Caminho até a sala, ascendo um cigarro e trago a fumaça. Com sono, mas sem vontade de dormir. Continuo rodando, continuo cantando.

Sem vontade de escrever ou pensar.

Digo apenas que ainda estou aqui.
Com meus pensamentos.
Com a minha saudade.
Com o meu amor esquecido.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Aquilo eu ainda mantenho nos outdoors

Enquanto eu desço a ladeira e afogo minhas dúvidas em meu travesseiro encharcado de água salgada... Aquela que se esconde em sua própria loucura. E que muitas vezes parece um ser intocável. Quando estou sozinha eu me enxergo bem melhor, consigo até decodificar meus pensamentos mais distantes. Me escondo. Eu vou para a minha cama, debaixo do meu cobertor. Choro pela ausência, pela dúvida, por vocês e por mim. Emoção que persiste e insiste. Amor que aliena e que se cala.
Silêncio. Escute o que eu quero lhe dizer sem usar a minha voz.
Pare. Olhe. Observe. Eu lhe digo que te amo em sinais, que apenas você reconhece.
Não gosto de despedidas, porque nunca sei a hora do reencontro. Não gosto de te enxergar no fundo do meu copo de café, mas a sua imagem distorcida, insiste em aparecer nele todas as manhãs. Tenho medo de me perder, de te perder... Por isso te levo sempre comigo, pra que essa ausência nunca mais aconteça.
Meu segredo exposto nos outdoors da minha vida.
Tudo isso às vezes me parece até um tanto quanto clichê, mas eu nunca olhei o Amor como um sentimento fácil e suave. Pelo contrário, ainda não descobri se ele é pra ser vivido ou esquecido.
Mas, enquanto eu ainda descobri a cura para ele, eu me divido e vejo você se dividir também, pra que depois possamos juntar as nossas divisões que por ironia desse mesmo Amor, ainda nos restaram.

domingo, 2 de setembro de 2007

A Cura

E assim pelo fato de não se existir uma definição ou explicação, procura-se a cura. A cura para algo que não se explica. Que não se esquece.
Irremediável e ponto.
A ilusão da separação já se quebrou. A ausência falou bem mais alto do que todos os nossos gritos juntos.
E agora? O que faremos com tudo isso? E todas as outras pessoas que estão à nossa volta?
Quero saber o que direi quando me perguntarem sobre você. Digo uma bela mentira ou uma terrível verdade?
Esqueci de pensar no que é certo, ou apenas avaliar nossas atitudes. Esqueci não, apenas finjo. Minha consciência continua pequena e quando estou contigo, ela simplesmente desaparece.
Vivo num mundo paralelo, ou apenas em um espaço surreal que existe entre o mundo real e aquele que só nós conhecemos.
Descobri que somos dependentes um do outro. Uma qualidade ou um defeito? Ah, como eu gostaria de saber...
Entretanto, quero dizer à você minha cara, que a cura para isso ainda não existe. Lamento muito por você. E se depender de mim nunca existirá.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Amargo

Fingir um falso sorriso seria muito mais cômodo.
- Sua pele é macia. Gosto do seu corpo. Pena que sua boca tem um gosto amargo de cocaína.
Ela se levanta nua, naquele quarto escuro. As janelas estão fechadas, mas ainda é dia. Ela pega o maço de cigarros. Ascende um e volta para a cama.
- Você não pode dizer do gosto amargo em minha boca. Você está amarga por inteiro. Não te reconheço mais.
- Acalme-se. Eu estou como deveria estar. Nula de sentimentos. Já te amei um dia. Hoje eu estou apenas aqui.
Ele não entendia aquelas palavras soltas pelo ar. Ele apenas ficava mudo. Dava um trago no cigarro e a abraçava novamente.
Lá fora caía uma garoa fina. Era começo de inverno.
Ela continuava deitada sobre o corpo dele. E ele a prendia em seus braços, como se à qualquer movimento em falso, ela escapasse dali.
Entretanto, ela queria ficar ali por muito mais tempo. A segurança momentânea que ele a proporciona lhe faz bem. Ela se mistura as bestas-humanas ao seu redor e se agarra nas paredes para não cair. E ele, continua sendo sua "coisa" favorita.
Depois de tudo isso, fingir um falso sorriso era muito mais fácil.
Tudo acabado. Tudo resolvido.
Ser feliz numa vida infeliz, é fingir. É amargo.
Como o gosto que ela carrega em sua própria boca.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Nada Daquilo

Pensando nisso e naquilo. O que é importante se torna desnecessário.
Aquelas suas meias velhas ainda aquecem meus pés gelados.
Te vejo e me despeço. Minha mesa redonda e meu sofá rasgado fazem parte de mim.
Repudio minha vontade de ter uma arma e atirar na sua cabeça.
Olho para o mar. O mar bate nas rochas. Me sinto como uma rocha e deixo o mar bater em mim.
Pulo em meu precipício. Sem gritar. Sem temer. Sem abrir os olhos.
Adormeço perto da minha cama.
E em meus sonhos a maldita "menina dos seus olhos" morde minha mão como uma canibal.
Maldita. Roubou um pedaço de mim. Que continua sangrando. Que continua sem cura.
Mas essa mordida irá se cicatrizar com o tempo. Ah se vai!
Aquele guarda-chuva enferrujado que dividimos ainda me protege da chuva.
A sincronia com o que eu desprezo e o que me faz feliz é absurda.
Novos horizontes. Novas metas. Velhos amigos. Velhos amantes.
A água sagrada da pia lava meu rosto. Para que eu acorde e recomece mais um novo dia.
Dias que me seguem. Dias que meu inconsciente age por mim.
Para que então, mais uma vez eu possa pensar nisso e naquilo que se foi...
Seguro meu coração pulsante em minhas mãos.
Dúvida: será que é meu coração que sangra ou a minha mão que foi mordida?
Nada daquilo me restou. Nada daquilo do que fui existe mais.
Aquilo agora é nada. E o nada é o que me restou daquilo.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

365 X 20 = 7300

Hoje a raiva exala por meus poros. Contradição. Estou calma e penso de uma forma otimista.
Dias que antecedem ao meu aniversário. Fazem-me pensar em muitas coisas. Apagar velinhas em um bolo. Por favor, ao invés de um chapeuzinho colorido, tragam-me um nariz de palhaço.
Gesticulo seus gestos. Escrevo suas palavras. Imito sua voz. Numa doce sensação de copie e cole.
Merda.
Será que até as minhas palavras não me pertencem?!
Um sorriso irônico e desconfiado. Como se tivesse uma alface grudada entre meus dentes. Ando impregnada de egocentrismo.
Vinte anos. Será que meus erros um dia serão julgados? E os meus acertos serão reconhecidos?
Ando em círculos. Tropeço e levanto. Mas não derrubo uma gota do meu copo.
Houve dias que eu não queria mais acordar. E outros que eu não queria dormir.
Quero uma casa. Com meu cobertor. Com minha musica predileta tocando sem parar.
Uma sensação de “don´t forget me please!” me assusta.
Procuro rimas singelas. Está difícil meus dedos acompanharem minha linha de pensamento.
Volto a ter sete anos. Correndo saltitante pela rua com um algodão-doce nas mãos. Livre. Alegre inocência que os anos me tomaram.
Ultrapasso minha idade. Penso em ter setenta anos. Jogo dama numa praça e penso como minha vida seria tranqüila.
Agora vinte anos. Me desprendo do meu amor despedaçado. Minha vida bagunçada. Quero andar sozinha numa ausência de sentimentos.
Horas. Dias. Meses. Anos.
Horas desperdiçadas ou decisivas. Dias esquecidos ou memoráveis. Meses de retrocesso ou progresso. Anos pálidos ou cor de rosa.
Pinto minhas unhas. Tinjo o meu cabelo. Me transformo de fora para dentro. Subo e desço os meus degraus.
Livro-me da minha velha carapaça. Surgem asas belas e brilhantes.
Insisto em voar guiada por este vento de inverno. E o vento de todas as outras estações. Até o próximo inverno. Próximo aniversário... Minha metamorfose. Meu renascimento.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Personagens

“Para todos os animais que continuam tomando o líquido doce de minhas costas.” Todos os ratos e insetos nos esgotos de suas vidas. Não se percam ao ver a luz do sol entrado para iluminar o esgoto. Meu dicionário de vocábulos internos estão por aqui escritos. Como uma novela dramática que aliena seus espectadores, vejo a minha vida pela TV de minha sala. Isto não é um drama. É a vida real. Drama ou vida real. Pouco me importa. O fato é que intrigas, pessoas falsas e corrosivas, mostradas de uma forma pitoresca na minha TV, existem um pouco piores na vida real. Conseguem ser mais ridículas e covardes. Mas minha inteligência emocional desacreditava na existência desse “tipo” de personagem. Fico triste por uma cena assim ter passado em minha vida. Debaixo do chuveiro quente, com a minha pele empolada, tento arrancar minhas digitais e criar uma nova-velha identidade. Queria escorregar no tapete da minha cozinha e bater a cabeça no chão. E voluntariamente perder a memória por mim criada nos últimos meses. Não esquecendo dos créditos positivos aos meus amigos, que me tiraram do meio dos ratos e insetos e me fizeram enxergar a luz no fim do túnel. “Não faz disso esse drama, essa dor, é que a sorte é preciso tirar pra ter...” E eu ainda escorrego naquele tapete.
...
Listen: Tuna in the Brine - Silverchair
Primeiro Andar - Los Hermanos

quinta-feira, 21 de junho de 2007

SABOTAGEM

Confiar nas pessoas é um defeito.
Ter dignidade e honestidade não causa efeito.
A felicidade é sempre invejada.
A privacidade é sempre quebrada.
A justiça é cega.
O julgamento é mordaz.
A amizade é retirada.
A sabotagem é feita.
As conseqüências são instantâneas.
A causa gera um efeito.
Mas a dúvida existe e persiste.
A inocência é posta em dúvida.
Quanto mais acreditamos.
Mais temos provas para não acreditar.
A platéia assiste.
O gozo em seus olhares me entristece.
Não te desejo mal.
Mas sei que você me odeia.
A traição é válida.
O amor se esvai por entre meus dedos.
...
...
...
É inconcebível para algumas pessoas o fator da Felicidade.
A Inveja existe. Mas pensei por muito tempo que ela não me alcançava.
Quando um inocente é julgado e punido, não há justiça.
A Privacidade é exterminada por pessoas pequenas que não suportam as conseqüências que a Felicidade nos porporciona.
Contudo esse é o mundo em que vivemos, pensei até certo ponto que não viveria essa situação.
A Sabotagem faz parte da vida. Assim como eu não escapei, você também poderá não escapar.
Parabéns para vocês! Tiveram êxito em sua sabotagem!
Mas ainda acredito que a verdade sempre aparece. E neste caso também não será excessão.
Me chupem malditos!

domingo, 17 de junho de 2007

Lado

“Metade de mim agora é assim, de um lado a poesia, o verbo, a saudade, do outro a luta, força e coragem pra chegar no fim... E o fim é belo e certo, depende de como você vê...”

- Oi.
- Oi.
- Tudo bem?
- Ainda não sei. E você aí do outro lado?
- Estou tão do outro lado que já não sei de que lado eu estou.
- Sei bem como é isso. Aqui do meu lado também não sei. Estou em estado de embriaguez mental.
- Pois é, aqui do meu lado estou sóbrio. Prevejo uma crise existencial daqui alguns minutos.
- O meu lado existencialista se tornou irônico.
- Irônico?! O meu continua depressivo como sempre.
- Me sinto pela metade. Dois lados. Três lados.
- Não tenho mais uma metade. Tenho apenas lados.
- Lados?
- Sim. Às vezes estou do meu lado. Outrora vejo tudo do lado de dentro. E quando posso vejo tudo do lado de fora.
- Bom, chega dessa conversa de lados. Quero te dizer uma coisa.
- Verdade, chega disso. Pois fale!
- Falamos tanto de lados... Hoje eu quero estar do seu lado.
- Eu também quero ficar do seu lado. Preciso disso.
- Então te espero aqui.
- Tudo bem, daqui a pouco estarei do seu lado.
- OK. Beijo.Te amo.
- Beijo. Também te amo.

Estou do seu lado mais do que você mesmo. Vou sempre ser a sua “pequena”. Porque um dos meus lados é você. E um dos seus ainda sou eu. Apesar de estarmos em lados opostos...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Princípio e Fim

“A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”
Enjoei. Você me enjoou. Mais uma vez.
Cansei de acreditar em palavras suaves e doces.
Não entendo toda essa incoerência irrisória.
Palavras fúteis para sentimentos complexos.
A mediocridade dos seus sentimentos não me surpreendem mais.
O fim é o princípio. O princípio é o fim.
Sabemos que o fim já aconteceu há muito tempo.
Ainda te amo. Mas o seu descaso trouxe o meu pesar.
A nitidez dos meus sentimentos te cegou.
Agora não me procure mais.
Consuma sua liberdade ao extremo.
Divida-se entre seus amores insignificantes.
Ainda me pergunto como cheguei a este estado antagônico.
Entretanto consigo sorrir ao ver que quem perdeu foi você.
Ter a certeza que você se sente ridículo de alguma forma.
Peço para que não me chame nos seus momentos solitários.
Pois sei que você sentirá minha falta.
Assim como eu sentirei a sua.
Minha embriaguez incessante é o meu remédio.
Por favor traga-me mais uma dose sua.
Juntamente com um copo de whisky.


"Somethig takes a part of me, you and I were meant to be, a cheap fuck for me to lay..."

terça-feira, 29 de maio de 2007

Armários

Limpei meus armários. Mas acho que isso foi só o principio. Joguei fora tudo que estava ali e não me servia mais. Papéis, sacolas, páginas esquecidas e amassadas da minha vida. Purificação da mente. Amassei junto com esses pápeis alguns sentimentos que não me serviam. Malditos inúteis que perambulavam pelo meu quarto e apenas acumulavam pó. Estava me sentido atolada e entupida, como uma privada cheia de detritos, prontos para escorrerem pelo chão sujo de um bar. Esvaziei meus armários. Esvaziei minha mente. Sobraram espaços. Nesse espaço veio o silêncio. Gosto dele, mas até o meu silêncio é cheio de barulhos indecifráveis. Então o ócio me convida para dançar. Danço de rosto colado com a solidão. Uma melodia sem fim. Me enjôo de coisas fúteis e repetitivas. Enjoei da solidão. Enjoei do ócio. Assim como os pontos em meus textos, a solidão e o ócio estão sempre comigo. E não fazem a mínima questão de me deixarem sozinha. A impaciência me corrói. A insensibilidade me destrói aos poucos. Quero estar em estado permanente de ausência. Ausente. Presente. Se sentir minha falta, estarei escondida no meu armário. Naquela única gaveta que não limpei.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Apenas uma Saudade Nossa

"Pouco. Demais. Você não está mais aqui.
Porém sempre volta para tomar um lugar
que já não é mais seu.
Esse lugar agora é habitado pela Saudade.
Saudade minha ou Saudade sua.
Eu não consigo deixar de te beijar.
Você não consegue viver sem meus beijos.
Não conseguimos nos afastar.
Saudade nossa que nos mantém juntos."

terça-feira, 22 de maio de 2007

Amor Sentimento Abstrato

“Sei que nesse mundo ainda existe uma esperança. Tenha fé em Deus, pois basta acreditar. Um sorriso ingênuo, um olhar de uma criança, homens do futuro que temos que educar. Pois eu acredito na força que existe em cada um de nós. Louvado seja ó Senhor.. olhai por nós... Sentimento algo que vem de dentro, purifica o ser humano perante às circunstâncias adversas. Um homem passou por aqui palavras pregou, pouca gente as aderiu e revolucionou. A cura! Não é remédio substância, está no seu coração basta se manifestar. Amor, amor sentimento abstrato. Você pode sentir porém não pode tocar. O amadurecimento faz com que observemos, que a vida é uma dádiva de Deus e temos que cuidar. Como é difícil semear a paz entre as pessoas, já que estamos em épocas de conflitos. A história dos homens é um livro sob suas mãos ou contada até de outra forma quando acionado uma tecla... A verdade porém é uma virtude, quem sabe através dela acharemos a luz no fim do túnel. Paz na terra aos homens de bem, que deus ilumine aqueles que aqui já não se encontram. Sonhos é o que nos mantem vivos, por isso temos q estar em bom estado de espírito.
Há um outro sentido da vida, um que muitos outros não conhecem, e são poucos que se crê que não se vê. Que acontece pouco a pouco, pacientemente a compreensão de um para o outro, que vai surgindo, crescendo dentro do seu peito. Sem guardar rancor, sem magoar e perdoar o imperfeito. Suportar a tristeza de uma injustiça, sem perder a dignidade andar de cabeça erguida. Amor próprio jamais pode se acabar. É preciso acreditar para que possa melhorar e caminhar, na esperança se tem fé alcança. Não se preocupar somente consigo e ser solidário. Um coração solitário que precisa de conforto. Um ato de braveza e vencer tem que ter esforço. Paz a todo aquele que não acredita no amor. Quando o verdadeiro muitas vezes não se tem valor. Se tem valor. Tristezas da vida não é isso que se quer, sua vida poderá mudar se você quiser. Fraternidade um brilho no olhar, duas almas a se encontrar... Perfume de uma flor que exala o mais puro sentimento de um ser humano. Faltava sinceridade, um pouco mais de atenção, menos vaidade, pra continuar felicidade ao máximo! Fazer que a bondade torne-se o seu hábito. Olhando para a frente buscando a semelhança, diferenças mulher e homem até se cansa. Tum tum... o coração batendo, batida vagarosa que está sofrendo. Tu és útil meu irmão, caminha sereno, justo na graça, ativo, dinâmico, alegre e prestativo. Um coração generoso produtivo. Que a conquista venha com naturalidade, a toda obra cumprida na sinceridade. Você não vê não sabe a sua forma. Mas Ele paira sobre nos trazendo glória. Energizando mais e mais o ego. Prosperidade à quem luta eu venero. Num sorriso de um bebê, a lágrima de um adulto... Certeza que só o amor muda o mundo... E quando o homem aprender a ser mais humilde, o mundo irá melhorar...”

SNJ – Amor Sentimento Abstrato -
não preciso dizer mais nada por hoje... essa letra já diz por si só...

domingo, 20 de maio de 2007

Sinceridade

Meu coração já se cansou de sinceridade. Palavras sinceras só me machucam ainda mais.
Tenho a consciência de que tudo eu queria não está mais aqui e nunca mais estará.
Sinceridade. Em certos momentos gostaria que suas palavras não fossem tão sinceras. Prefiro as mentiras mais verdadeiras que você me dizia quando eu estava ao seu lado. Minhas palavras não te alcançam mais. Elas já se cansaram de ficarem soltas pelo ar. E eu também cansei delas assim como elas se cansaram de mim. Minhas palavras perderam seu significado. E se esvaíram pelos papéis espalhados em meu quarto.
Sinceridade. Quantas palavras nos faltaram com a verdade? Quantas conversas nos sobraram hipocrisia? Agora, não faz a mínima diferença saber disso. Eu não te alcanço mais. Cansei, enjoei, chorei. Me conformei. Pois até a nossa sinceridade acabou.
Um fragmento que escrevi em algum momento de embriaguez...

“Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que eu estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho.”

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Ironia

Foi rápido. Intenso. Forte.
Incontrolável e sem lógica para a minha mente sempre racional.
Paixão sem freios. Sem medo.
Meus pensamentos conseguiram manter a sua ordem por ainda um certo tempo.
Segurança. Conforto.
Deixei meu antigo racionalismo de lado e enfrentei meus medos.
Entrega. Honestidade. Simplicidade.
Enquanto eu descobria um lado inesgotável de amor, você fechava suas portas com imensos cadeados. As minhas portas sempre estiveram fechadas. Mas, com você eu retirei todos os cadeados e joguei as chaves fora. Inutilmente.
Você se virou e foi embora. Agora nossas pontes estão se queimando.
Eu fui fraca e deixei você ir. Você teve medo e não quis ficar.
Não usei meu poder de persuasão para te convencer a ficar e que minhas palavras eram verdadeiras. Mesmo que por muitas vezes eu não conseguisse olhar em seus olhos... neste momento é você que não consegue olhar nos meus.
Ontem fui eu que tive medo e não te quis.
Hoje é você que tem medo e não me quer.
Ironia...
Eu teria te amado sempre...

Mesmo que você não escreva suas palavras aqui, eu sei que você lê todos os meus textos...

Inspirações do dia...
Música: "Aqui" - Ana Carolina
Filme: "Closer - Perto demais"

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Movimento

Anda. Num passo frenético e descompassado. Tropeçando em seus próprios passos. Desce a ladeira com seus sapatos desamarrados. Está frio. O vento corta o seu rosto pálido enquanto ele ajeita a toca em seus cabelos. Suas calças rasgadas e seu moleton sujo o trazem um aspecto singular e impreciso. Ele tenta ascender um cigarro, mas o vento não o permite saciar seu vício. Então ele para. Olha para o lado e percebe que nesta ladeira é possível enxergar metade da cidade. Senta-se ao meio-fio e finalmente consegue ascender seu cigarro. Ele começa a observar tudo a sua volta. O vento frio não é mais seu inimigo. Pelo contrário, faz parte do movimento. Enquanto ele está ali sentado, estagnado, apenas levando o seu cigarro à boca num movimento quase imperceptível. A fumaça que sai de seus lábios é levada pelo vento. Por uma fração de segundo, ele se dá conta que tudo a sua volta tem movimento. Os carros, buzinas, luzes, casas, prédios, ruas, melodias, calçadas, árvores, pessoas e animais. Tudo está ligado um ao outro. Em seu devido espaço, tempo e movimento. Há vida quando há movimento. Aquele espetáculo de vida e movimento nunca foi observado, nunca foi percebido em nenhum momento. Ele se sente único e ao mesmo tempo se sente só. Seus dedos ardem. A brasa de seu cigarro estava queimando-os. Joga o cigarro no meio-fio e se levanta.
Feliz e solitário. Pois chegou a simples conclusão que ele faz parte do movimento e que nele também existe vida.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Vício

Entre os escombros de um Amor Demolido, existe uma pedra valiosa, essa pedra é meu coração.

Sinto falta de usar o seu Amor, assim como você usou o meu.
Usar seu sorriso, seu beijo e seu corpo. Suas mãos que seguravam as minhas de uma forma descontrolada.
Usar seus elogios e palavras doces para aumentar o meu ego.
Usar você como um abrigo da minha pedra.
Eu usei e fui usada.
Entre todas as vértices desse Amor, algumas eu não posso tocar, porquê me cortam como lâminas afiadas e me fazem sangrar.
Preciso me organizar. Separar você de mim definitivamente.
Distingüir o meu cheiro do seu, pois eles ainda estão misturados.
Parar de sonhar. Porquê não consigo controlar meus sonhos e você ainda permanece neles todas as noites.
Relembrar quem eu era e procurar meus amores de antes, que mesmo todos somados e multiplicados, não são nem um milésimo do seu.
Parei com o meu vício à quatro dias.
Queria tomar você numa única dose.
Estou em crise de abstinência.
Droga Maldita!
Não consigo acha-la em nenhum outro lugar.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Ainda Não Sei

Penso logo existo ou existo logo penso?
Ainda não sei.

Primeiro texto, não quero despejar sobre vocês tudo o que está passando pela minha cabeça neste momento. Hoje não irei escrever nada belo ou que te faça parar e pensar sobre... Poemas manjados que você já sabe o final. Textos de fúria em um momento de crise existencial.Frases criativas como um slogan da Coca-Cola.Irei apenas escrever algumas palavras soltas... interligadas

Amor Paixão Carinho Amizade Traição Saudade Abstinência Ressaca Amigos Eu Mentira Arrependimento Coragem Lágrima Tristeza Existencialismo Segredos Enjôo Grito Cerveja Cigarro Felicidade Irritação Música Ódio Verdade Sincronia Sintonia Fantasia

Penso logo escrevo ou escrevo logo penso?
Ainda não sei.