segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cão sem dono

Voce não deixou eu cuidar de nós dois. Preferiu continuar comendo aquela carne crua e sem gosto. Comandar é muito mais fácil. Como um cão obedece o seu dono, ela obece à voce. Seria difícil aceitar uma voz a te questionar? Ahhh! Como seu sorriso é sem brilho ao lado dela. Ela, a traição que me corrói. Não tenho justificativas para essa atitude de fingir-rir e "não aconteceu nada entre nós". Te troquei e te troco diversas vezes. Não por vontade própria, mas por uma necessidade inexplicável de suprir a sua ausência. Quero fugir daqui quando escuto a sua voz a me chamar. Mas eu não teria para onde correr à não ser para um lugar que me lembrasse qualquer vestígio seu. Quero rasgar a sua roupa, te deixar nu e cuspir na tua cara todas as minhas verdades omitidas.Vou listar seus defeitos numa folha qualquer, e ler sempre que você vier à minha mente. Vou inventar um novo "eu", com a intenção de ser a "outra". Mas assumir uma nova identidade agora é impossível, pois com certeza eu iria deixar transparecer o meu sorriso bobo ao te ver e ao meu frágil coração que já palpita fraco, tão cansado de bater descompassadamente por voce.

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